DE: HANNA CARPESO
QUE VONTADE
Que vontade de me esparramar na grama
Roçar na relva, sujar-me de terra
Que vontade de me lambuzar de folhas
Cobrir-me de flores e perfumada ficar
Que vontade de voar com as abelhas
Pousar nas floreiras e o mel degustar
Que vontade de rolar pelo monte
Ralando entre pedras
Que não vão machucar
Que vontade de deitar na areia
Cobrir-me com ondas que o mar vai levar
Que vontade de mergulhar
E pensar que só posso fazê-lo de olhos fechados
A imaginar
Sentir-me presa emparedada percebo
Do quanto do mundo não soube aproveitar.
Em tempos de quarentena esses versos são acalentos para a alma!
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Querida Ana, continue transformando a dureza da vida em algo tão suave como a pétala de uma flor. Use sempre o filtro de sua sensibilidade que se chama poesia.
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