Descia a avenida de braços abertos.
Abraçado ao vento, gritando paixão.
Embriagado pelo prazer vivido – chamava atenção
Indiferente às pessoas que nunca o tinham visto
Espalhava seu êxtase por toda a parte
Mergulhado na onda do vício testado
Ébrio de alegria nas visões alucinadas
Seguia firme seu trajeto na cidade
E, tão indecentemente feliz.
Braços abertos a abraçar o tudo
Não havia quem impedisse o seu passar
Declarava seu amor ao mundo
Agora não mais andava – corria
Em direção à miragem perdida
Perplexo, interrompida sua busca.
Parou. A procura de um sinal
Mal sabia, o cruzamento fatal
Onde o excesso da emoção contida
Explodiria o seu coração na avenida
É a vida… Um instante só e nada mais. Esse viveu mais do que muitos aí que pensam estar vivendo. Ótimo poema! Um êxtase genuíno.
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