POESIA: MADRUGADA

A madrugada é silenciosa.

O cachorro da vizinha não ladra, nem as roupas íntimas balançam no varal.

Tudo parado,

tudo quieto,

tudo em paz?

As nuvens no céu têm duas cores, porém o daltonismo não me deixa distinguir

entre rosa e o azul,

ou vermelho e lilás?

Não, eu não sei.

Poucos carros na rua, motoristas que nunca vi antes.

Não sei quem são,

não os conheço.

O meu coração vai com os viajantes no banco traseiro.

As luzes lá longe piscam,

piscam feito pisca-pisca na antiga comemoração natalina.

E a madrugada permanece assim…

Silenciosa,

ora úmida, ora fria.

Sem ninguém andando na rua,

calçadas vazias.

Assisto tudo isso da janela do meu quarto, aguardando algo novo para o próximo dia,

mas continuo apreciando esses fenômenos, sem cessar, ao longo da pandemia.

2 comentários em “POESIA: MADRUGADA

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