O tamborilar de algo lembra uma cantiga
Remete-me aos lúgubres vazios…
Como era mesmo aquela música antiga?
Acho que era do Vivaldi com Hugo Emil
Mas esse é um concerto de violino alegre
E por que essa lembrança me faz tremer?
Mesmo que de tudo eu abnegue
Nunca deixarei de sofrer
Acho que finalmente entendo os corvos do holandês
Eles estão fugindo, mas sempre voltam.
Com a mesma rapidez
Que os achaques do passado me afetam
Eles voltam por não ter escolha
Assim como nossa mente insiste no pensamento cruel
Nunca um sentimento impoluto abrolha
Como os corvos, presos para sempre por um pincel.
POESIA: O TAMBORILAR DO CORVO

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