POESIA: E. F. ARARAQUARA

Descalço, perambulante, ouço o apito.

Desço, correndo, de malas em punho.

Desfaleço, cambaleante: recosto no banco.

Desamasso, tremendo, o bilhete branco.

Sozinho, metido em calça curta, 

Sonho, atrevido, sobre a descoberta

Singular dessa tua face materna.

Sanhaço canta; cheguei à casa certa.

A fumaça explode contra contra as árvores.

A cachaça, aguada, quase não aplaca 

A friaca maldita que me trespassa.

Enquanto espero, no sereno, que venhas,

Encerro um suspiro, sozinho; te demoras.

Então, respiro o dolorido ar das rosas.

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