POESIA: PRELIMINAR FEBRIL

A chuva caindo fina, morna

Me observando através da vidraça

E me prendendo numa mordaça

Em ebulição o que eu sinto, entorna

Eu tiro cada peça de roupa lentamente

Observada apenas pela chuva leve

Que se caísse sob minha pele, seria neve

Desaparecendo ligeira e sutilmente

Ansiava que você me observasse

Por trás de uma cortina, de uma lente

E talvez pudesse ler a minha mente

Surgindo à minha porta, me abraçasse

E eu abandono a chuva, a janela

E me sento em frente ao espelho, reflexo

Sinto minha pele, meu corpo, o sexo

Quase nua e no som a voz de Ella

Caras e bocas me olhando, pensando

Se assim fico mais sexy ou mais bela

Fecho os olhos, te vejo numa tela

E danço pra você me insinuando

Me desmancho, me envaideço

Seus dedos percorrem meus cabelos

Tocam todos os meus pelos

E de mim, quase me esqueço

Não abro os olhos, tão covarde

E todo o seu corpo toca o meu

Como se ele ainda fosse seu

E o desejo contido arde…

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