Desbravando o estreito do tempo
Elas ficam prenhes
Não só de filhos
Não só de amores
Prenhes de sonhos
e de perpetuação
na barriga nascem cidades
As leis e seus reis
Não há outro meio à força motriz
Da barriga nasce a história
Nasce toda a gente
Nasce um país
O futuro é umbilical
Seio e noite insone
Em ladeiras pedregosas
Caminham as mulheres
Suas crianças à tiracolo
Por ladeiras pedregosas
Fogem dos algozes
As mulheres e suas crianças.
POESIA: AS MULHERES E SUAS CRIANÇAS

Gostei muito da imagem, Adam Mattos! Escolhida a dedo!
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