Já adultos;
Em idade pelo menos;
Olhamo-nos ao espelho, resolutos;
Às responsabilidades ancorados…
Com uma hipoteca;
E o colégio dos filhos para pagar;
Ser crescido nos enceta;
Numa viagem sem vagar…
Enfileirados num projeto;
Com propósito vazio;
Não damos conta do lugar imerso;
Em que vagueia o nosso coração sombrio…
Porque cresce o corpo;
Mas a criança sempre vive em nós;
Se mal tratada, vê o mundo torto;
Quando amada não sabe ser atroz…
Como uma planta, desde a nascença;
Necessitamos de ser bem regados;
Com afetos e verosimilhança;
Para podermos abraçar os factos…
Ninguém pode na nossa vez atravessar;
As pontes do próprio processo vital;
Não há reino sem reinar;
Nem saber observar o essencial…
Belíssimo, honrada em estar nessa família. Parabéns!
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A poesia é linda né? Daqui uns dias teremos uma sua! 😊
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