Trágica, vazia, dramática
Me fere o amor que sinto
Sem te amar eu não existo
Pois seu olhar é uma chama
Só existo pra lhe ter
Antropofágica é minha fome
O desejo que me consome
De viver pra lhe querer
Inteiro, em pedaços
Almiscarado,
Temperado em suor
Salgado, sangrando
E eu te devorando
Me alimentando de você
Teu gozo, meu deleite
Frágil, entregue ao meu canibalismo
Te mordo, te mastigo
Te amar é um castigo
Pois sou pra ti indiferente
Então te devoro com minha mente
Nessa doce antropofagia
De te ter pra mim um dia
Mesmo efêmero e casual,
Não me faria nenhum mal
Se de ti me preencher, e saber
Que por inteiro te consumi
E a solidão que me assola
Já não mais a me incomodar
Porque volto-me a ser só
Mas estarás para sempre em mim
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