POESIA: ANTROPOFÁGICA

Trágica, vazia, dramática

Me fere o amor que sinto

Sem te amar eu não existo

Pois seu olhar é uma chama

Só existo pra lhe ter

Antropofágica é minha fome

O desejo que me consome

De viver pra lhe querer

Inteiro, em pedaços

Almiscarado,

Temperado em suor

Salgado, sangrando

E eu te devorando 

Me alimentando de você

Teu gozo, meu deleite

Frágil, entregue ao meu canibalismo

Te mordo, te mastigo 

Te amar é um castigo

Pois sou pra ti indiferente

Então te devoro com minha mente

Nessa doce antropofagia

De te ter pra mim um dia

Mesmo efêmero e casual,

Não me faria nenhum mal

Se de ti me preencher, e saber

Que por inteiro te consumi

E a solidão que me assola

Já não mais a me incomodar

Porque volto-me a ser só

Mas estarás para sempre em mim

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