ouço ao longe uma Sereia cantar,
quero alcançá-la, mas não posso,
meu corpo moribundo,
jaz bem longe do mar…
recebo seus doces beijos lançados ao vento,
sinto, delirante e sedento,
o toque úmido de sua volúpia,
e o prazer inatingível,
explodindo em meus ouvidos,
despertando desejos já esquecidos.
a paixão me devora,
e a distância fica cada vez mais insuportável,
a melodia mística da sua voz,
ecoa das profundezas do precipício,
me chamando e exigindo,
um derradeiro sacrifício.
paro de resistir, deixando meu corpo perecer,
e finalmente livre, sem medo, nem lamúria,
lanço a alma no vazio,
me desprendendo dos terrenos laços,
as asas da morte e da luxúria,
finalmente me colocarão em seus braços.
Parabéns, Ana Rosenrot. Linda poesia! Quanta sensibilidade!
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A liberdade pela luxúria: que prazeres haverão para a alma desencarnada?? Toques sublimes a esperam… 🙂
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