POESIA: VINDE, Ó ESCURIDÃO!

Quando a noite tragar o crepúsculo

e a Morte vier levar-me ao túmulo,

não titubearei, “eis-me aqui”, direi.

Quando as trevas engolfarem

o meu ser por completo,

não temerei, o meu fim é certo.

A vã esperança já não me persuade,

a melancolia me conduziu à verdade.

A vida que reinou em mim esmoreceu;

quem um dia fui, há muito, se perdeu.

Que seja emoldurado com rosas negras

o meu leito final de herança dantesca!

Vinde, ó Escuridão! Acolha o coração

que em meu peito resiste tolamente!

Se em meu âmago fizer morada,

menos demorada será a jornada

que me privará do viver dolente.

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