Não hei de erguer o olhar
à pungente estrela!
A dor, em mim, acorda;
trazendo à tona a derrota,
o fim da minha nobreza.
Às trevas, fui rebaixado.
O amor, a mim, foi negado.
Indigno sou da realeza!
Não hei de ceder à tristeza!
Maior é a minha riqueza!
O mundo jaz em meu domínio;
quem ri da minha condição,
lanço aos espinhos!
De mim, todos hão de lembrar!
Não sou o pai da mentira!
Se de mim ousarem duvidar,
farei com que ardam em agonia!
Eu sou o que sou
e ninguém mais será!
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