POESIA: PUNGENTE ESTRELA

Não hei de erguer o olhar

à pungente estrela!

A dor, em mim, acorda;

trazendo à tona a derrota,

o fim da minha nobreza.

Às trevas, fui rebaixado.

O amor, a mim, foi negado.

Indigno sou da realeza!

Não hei de ceder à tristeza!

Maior é a minha riqueza!

O mundo jaz em meu domínio;

quem ri da minha condição,

lanço aos espinhos!

De mim, todos hão de lembrar!

Não sou o pai da mentira!

Se de mim ousarem duvidar,

farei com que ardam em agonia!

Eu sou o que sou

e ninguém mais será!

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