ARTIGO: LATÊNCIA & SILÊNCIO.

Hoje minha alma lateja. Dói, na verdade. Pessoas importantes, ícones, magos e gênios morrem  E nos deixam sozinhos nesse mundo insano. A morte é a única certeza da vida… Uma cruel certeza de finitude onde as reticências passeiam zombando do tempo ou do espaço. Morreu o notável Arnaldo Jabor. Morreu Elza Soares. E, vão morrendo tantos que não deveria, João Carlos Di Genio.

E, tantos outros que não consigo lembrar para lamentar. Ficamos sós, num mundo repleto de bipolaridades estúpidas.   Mas, prefiro me consolar a eternidade dos legados deixados, das palavras ditas, escritas e da mensagem encarnada nas figuras e nos perfis. Prefiro me atrelar ao cais das heranças, das pedras seguras que servem para amarrar as futuras atracações.

No oceano vasto e líquido. Traiçoeiro e ladino que nos faz navegar para fora de todas as suposições, das estratégias miúdas de prever tudo, de acertar tudo… Somos erráticos e, por isso, somos humanos. Tornamo-nos todos dias, nós mesmos.

Numa erosão progressiva que então cessa quando chega a morte. Terá a perfeição chegado? Terá sido atingida? Todas as  guerras foram vencidas? Ou apenas, passamos a duelar com outras entidades.

Confesso que não tenho medo da morte. Mas, temo a dor, como mensageira e mestre. Sou aluna rebelde que quer decifrar o enigma. O enigma ensurdecedor, pois o resto é silêncio.

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