Observo o vôo de um pardal
Penso na liberdade que ele tem
Isso me deixa muito mal
E aquela velha sensação vem
Fico triste ao lembrar
De tudo o que fiz na vida
Quando me deixei deslumbrar
Com as possibilidades a serem vividas
Como tudo, vivi sem parcimônia
Magoei todos pelo caminho
Hoje, a causa da minha irreversível insônia
Por isso não recebo mais carinho
Subo no banco e passo a corda pelo pescoço
Pulo e deixo o ar faltar aos poucos
Parto sozinho, sem nenhum alvoroço
E deixo à noite, esse mundo de loucos
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