POESIA: GUERRAS IMPLÍCITAS

Discursos que duelam.

Olhares que esgrimam.

Corpos que detonam

mísseis de adrenalina.

Palavras que disputam atenção

e gritos que compõe a trilha

sonora do desespero.

Violências sub-reptícias

no embate diário.

Onde não se dorme.

Onde não há descanso.

Há ironias e farpas

dilacerantes de ódio gourmet,

raiva requintada

flutuando nas bolhas de champagne ou

da água mineral com gás

E induzindo a embriaguez necessária

e anestésica.

Para encobrir ferimentos,

chagas e dores substituindo por outros

incômodos.

Substituímos a dor cerebralina

pela estomacal.

A agressão comezinha apenas

pelo lirismo incidental.

Todas essas guerras implícitas.

Abreviadas na semântica

do olhar oblíquo.

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