A casa inteira tomou outra cor outro vento e ruído.
Pendia para um lado. Parou. Tão magra. E tinha o jeito que ela me encarava enquanto aguardava.
Busquei tia Nanzita no quarto dos fundos. Falei de destemor. De fé. De paz. Falei-lhe de paz. Antes, fechei na sua mão o terço antigo com o crucifixo de pesada prata.
Em silêncio seguimos até a sala.
Lá estava ela. O rosto de cera. E os olhos. As mãos estendidas. Os dedos pontudos. Depois.
Depois o rastro no chão que atraía insetos. Os latidos dos cães de rua somados ao meu grito. O ano por terminar. A casa toda aberta.
Gostei do que li, versos impactantes, subjetivos e diretos, ao mesmo tempo. Bravo!
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