POESIA: APOLÍNEA

palavra é Sol do meio-dia

no ápice lança sua máxima luz 

quer descortinar todas as coisas

 num feixe quase fisga

o absconso 

acena e escapa

do centro do firmamento

ilumina a estrada que leva ao encontro 

de andarilhos

estrangeiros no desvario de dizer 

a palavra arde inclemente

e queima e cansa

e, enquanto revela, também mente 

palavra habitante do norte

mote da andança

mas no fim do dia

todos quedos na escuridão da noite imensa, infensa! 

palavra, crime que compensa!

é o que resta

ao poeta, ao pobre, ao pensamento 

lavrar no crescente fértil

                      do coração

                   que transborda em tempo de cheia

                      quer traduzir o que corre pela veia 

                     alquimia de Sangue em Sol em Som

                      dizer e desvelar

                      o vilarejo da infância.

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