Às vezes abraço meu caos
E deixo a bagunça tomar conta dos meus pensamentos
Rasgo papéis
Empurro móveis
Bato o pé no chão
Sou tempestade
Furacão
Fecho os olhos
Mas não encontro a solução
A fúria me balança,
me arranca de mim,
me faz cantar pro deuses, santos
Peço alguma resposta
Chuto a porta
Preciso liberar toda tensão
Até as paredes riem de mim
E machucam minhas mãos
Sou descontrole
Sou poesia em desconstrução
Giro
Rodopio
E escrevo versos em ebulição
O fogo sobe até a garganta
Grito
Dito versos raivosos
Caio no chão
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