Me acostumei com sua ausência
Com seu silêncio
Com o vazio que deixou,
agora que não preenche mais meu corpo
Está frio.
Nunca mais fez calor aqui.
E eu me acostumei…
Às vezes lembro seu gosto
Seu cheiro e seu sorriso
E quase por um instante
Sinto que vou encontrar uma resposta
Mas é apenas uma sombra
Uma nuance
Um tom.
Preto e cinza.
Não há mais cores, mas eu me acostumei
E vejo beleza na escuridão gelada
Tento enxergar o que poderia ter sido.
Sorrio na noite
Gosto das estrelas, elas me lembram você.
Talvez você sinta a brisa na sua pele agora.
Já me acostumei,
Está tudo bem.
Linda poesia!
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Obrigada, Leo!
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O eu-lírico diz se acostumar ao luto aqui rememorado, mas, ao fazer isso, está deixando claro que a falta é ainda muito sentida, pois rememorar é uma tentativa vã de reviver. Muito bom! 🙂
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Como um membro fantasma… Isso aí.
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