Nossa entrevistada de hoje é um dos grandes talentos do Corvo Literário. Com a habilidade de transformar o cotidiano em belos textos poéticos, com vocês, Izabel Reinaldo

1- Como e quando foi o seu primeiro contato com a escrita?
R: Costumo dizer que o meu primeiro contato com a escrita começou com o incentivo de uma professora, ainda na infância. Eu escrevi uma “historinha” para um trabalho na sala de aula e a professora gostou tanto que leu em voz alta diante da turma. Ela se surpreendeu com a forma como eu escrevi para a idade que eu tinha e a partir dali eu comecei a tomar gosto pela escrita, sobretudo na forma de diários. Foi durante a adolescência que eu passei a produzir textos de cunho mais confessional. Mais tarde eu descobriria que aqueles textos seriam o alicerce para a minha primeira obra publicada.
2- Quais os artistas que inspiram o seu trabalho?
R: Na poesia eu gosto muito de Carlos Drummond de Andrade e Hilda Hilst. Oswaldo Montenegro é um artista ímpar que admiro muito tanto na música, quanto na poesia e nas telas. Além destes, acompanho os trabalhos de artistas locais e contemporâneos, como os artistas visuais Raisa Christina, Susano Correia e Caio Cruz. Poderia citar muitos outros que me inspiram, mas por enquanto deixarei estes.
3- Qual o seu método de criação?
R: Costumo escrever sobre situações cotidianas. Anoto frases que vem à mente de repente e depois tento transformar aquela ideia em poema, às vezes funciona. O que tem me ajudado a não ficar tanto tempo sem criar são os desafios do Tim, do coletivo Corvo Literário. Sempre que posso deixo uma contribuição e algumas vezes consigo aproveitar a ideia para desenvolver outros textos.
4- Qual o seu gênero literário favorito?
R: Poesia, mas estou buscando me aventurar por outros gêneros.
5- O quê está lendo ultimamente?
R: Tenho consumido bastante poesia contemporânea, principalmente de autores e autoras iniciantes ou locais. Neste momento estou lendo a obra “A mesma vida é outra” da poeta Renata Ettinger. O livro antes deste foi “Memórias agrestes” do poeta cearense Mateus Lira.
6- Conte sobre os seus projetos
R: No momento estou focando na divulgação do meu primeiro livro publicado: “Dizeres quase íntimos”. Pretendo alcançar um público maior aqui na minha cidade, já que a maioria dos leitores são de outras cidades/estados.
7- Como você vê a literatura no Brasil atualmente?
R: Eu vejo que temos escritores e escritoras excepcionais no Brasil, mas vejo também a dificuldade que é para que esses artistas recebam o reconhecimento que merecem. Muitos leitores acabam valorizando muito o que vem de fora e acabam esquecendo de enxergar que aqui temos também artistas que merecem nossa atenção. Eu, enquanto leitora, tenho dado mais atenção aos escritores locais e contemporâneos, valorizando seus trabalhos da maneira que posso. Enquanto escritora iniciante, percebo nos grupos dos quais faço parte, o quão importante é esse apoio entre escritores. O Coletivo Corvo Literário e o Coletivo Escreviventes são bons exemplos da importância que tem o apoio entre os escritores.
8- Cite 3 escritores brasileiros em atividade que você admira?
R: Dia Nobre, Aline Bei e Vanessa Passos.
9- Livro físico ou digital?
R: Livro físico
10- Faça suas considerações finais ou deixe uma mensagem /
R: Gostaria apenas de dizer às pessoas que pretendem lançar uma obra, que façam isso assim que puderem. Mesmo que o intuito seja apenas realizar um sonho e não construir uma carreira literária. Eu penso que demorei tempo demais para fazer isso. E aos/às leitores(as), valorizem a literatura nacional contemporânea. Temos muitos nomes potentes nessa arte que merecem a nossa atenção.
Bom conhecer a Izabel, tenho o seu livro e percebo muita sensibilidade, até o rostinho dela demonstra isso. Parabéns pela entrevista e muito sucesso.
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