
Abri a porta do mundo
Sentindo um medo profundo
De regras que não eram minhas
Vestido é mais adequado
Dizia um rosto quadrado
Com boca em tom de marfim
Logo virei mais mocinha
E a boca que um dia era minha
O beijo salgado levou
Lavar, passar, cozinhar,
viver e me desdobrar
Virou um caminho sem fim
Peguei o espelho carmim
E olhando direto pra mim
Eu disse à ele que não
Soltei as amarras da mão
Agora eu danço sozinha
Pois sei da força que é minha
Aos pés do sobrado caminha
Minha luz,
E a imensidão.
Ótimo trabalho!
CurtirCurtir