
O rubor das bochechas expõe o fogo dentro de
mim
Quando me olha com a fome de um animal
faminto.
Esse animal quer sair.
Estou pronta pro rosa dos lábios,
Pro rosa revelado em sua nudez,
Pro rosa da minha pele em chamas que arde e
me faz corresponder a sua forma primitiva.
Quero chegar despida,
Corpo e alma entregues ao momento.
Momento esse que me leva em combustão,
E o ápice do prazer, a muito não sentido, me
faz querer voltar pra sua cama com a
promessa de sentir qualquer coisa diferente
do que tenho sentido nos últimos dias.
Não quero choro, nem vela
Quero apenas sentir qualquer coisa
substancial …
O transe de euforia dos corpos entrelaçados,
O transe que me torna fugitiva e me transporta
para uma dimensão sem turbulências.
E no rosa que nos envolve encontramos a
escapatória,
A leveza,
O desejo,
A compreensão momentânea…
Até que visto minhas roupas, que como dura
carcaça, novamente me aprisionam à
realidade.
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