
Estar só, sentir-se só.
Cada pedaço de mim é um ato poético no frio universo cosmopolita.
Não quero sentir esse frio, esse medo.
Recuso-me a dar de cara com toda essa sangrenta forma de viver.
Sangra no status do ter;
Sangra no reboque suavizado sobre a face;
Sangra na mentira que contamina;
Sangra na inocência que beira a demência;
Sangra na atitude insana da negação…
Não quero estar envolta nessa correnteza vermelho-sangue.
Não quero expor meu deleite diante da falsa promessa de existir e…
Continuo só, em mim.
Sem eira, nem beira.
Solta, a deriva no revolto encontro das águas.
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