
Anderson Magalhães, professor de História do GDF, escritor autonomista, decadentista tropical, neo barroco tardío, anarco-antropófago. De origem mineira, criado em Brasília, começou a escrever com fins terapêuticos, depois passou a tentar copiar seus poetas favoritos, hoje escreve movido pelo espanto.
” E o corvo ahi fica; eil-o trepado
No branco marmore lavrado
Da antiga Pallas; eil-o immutavel, ferrenho.
Parece, ao ver-lhe o duro cenho,
Um demonio sonhando. A luz cahida
Do lampeão sobre a ave aborrecida
No chão espraia a triste sombra; e fóra
D’aquellas linhas funeraes
Que fluctuam no chão, a minha alma que chora
Não sai mais, nunca, nunca mais!”
O Corvo – Edgar Allan Poe