teu corpo,semelhante ao meu,é o que eu desejo[teu corpo]fonte do meu pecado,dos meus delíriosna tua camaé onde devo estaré o teu gozoque me agrada,teu gemidocigarrosbebidasfodas– de que adianta amar?desamar?prazeré o que queremoste ofereço,me ofereces.é o que temos!nossos corpos[templos sagrados?]entre um cigarro e outromais uma bebidaembriagada,quero o teu corpoé tudo o que eu queroTemplos sagrados?anjos caídos!dona... Continuar Lendo →

Ela se foi... A minha vida se foi, O que sobrou somente engana. Na solidão de meus dias, Imerso nessas aguas frias, Somente dor, de mim, emana. Sim,  eu sei... Caminhos que nunca trilhei, Serpenteiam-me, à lembrança; Num labirinto de memórias, Tentando inventar estórias, Sorrio, como uma criança. Sei que minto, Só dói um pouco,... Continuar Lendo →

Inda que Alguém turvasse-lhe tant’algo;Quisessem Lhe impedir, nada – mas nada!Lhe poderia ser estorvo, entravo.Queria e ela não era culpada. Estava plenamente em seu direito,O que de todos era, em seu lugar;Era o que de qualquer um, com efeito,Havia certamente de esperar! Seu direito ninguém lhe tiraria:Não se tratava d’algum Códex ético,Moral, Religião, Filosofia…Não! Não!... Continuar Lendo →

A manhã era apagadiçaO sol brilhava timidamentePor entre nuvens coadjuvantesOs pássaros cantavam amuados.Havia algo sinistro no ar... O breve uivo do vento.O olhar transversal dos passantes.Um silêncio intrínseco.Insuportável evento. Diante da dobradiçaA chave decifrava convincente.Os presentes insistiam em ser ausentes.Havia algo sombrio no ar... A notícia da morte do mestre.O luto encardidoLágrimas pungentes.Vocábulo mordido. Exéquias.Capela.Corpo... Continuar Lendo →

Abri a porta do mundo Sentindo um medo profundo De regras que não eram minhas Vestido é mais adequado Dizia um rosto quadrado Com boca em tom de marfim Logo virei mais mocinha E a boca que um dia era minha O beijo salgado levou Lavar, passar, cozinhar, viver e me desdobrar Virou um caminho... Continuar Lendo →